Íris

Um dia a gente cresce, e percebemos que não somos o centro das atenções. Percebemos também que nossa vida é feita de fases, e dentre tantos altos e baixos, centralizações e descentralizações, você continua sendo a mesma pessoa, se não desviar de seu caminho.

Mas afinal, qual é o nosso caminho? Já perguntei isso várias vezes, e todas as vezes que saio dele, tenho que repetir a mesma pergunta para voltar a caminhar pela linha certa.

Um dia a gente acorda também, e para de jogar toda a culpa de nossas angústias em cima das casas zodiacais, que sempre dizem o que queremos ouvir sobre nós mesmo, que seja por coincidência ou não (Vá saber!).

Às vezes precisamos de umas boas bofetadas pra acordar, e como se não bastasse duvidar de um, tem outro com um tiro certeiro lhe dizendo que você está mesmo errado. Nos encontramos num círculo vicioso, onde a vontade de ser o mais ou a mais querida(o), se torna indispensável para ser alguém no mundo. É aí que percebemos que beleza não é somente ausência de feiura, mas aceitação própria de cada um no mundo em que vivemos. Percebemos também que o simples fato de se tornar invisível ou querer desaparecer como num passe de mágicas, não dura mais do que o tocar da meia-noite, há sempre um contra-feitiço que faz o encanto se quebrar, uma hora temos que acordar, e a nossa espera estará sempre o sol com seus raios que tocam delicadamente nossa pele, que fazem nossas íris brilharem em seus mais belos tons, mostrando que a vida tem um por quê e um pra quê.

Tks!

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