TUDO e POUCO


Chegará um tempo em você irá se arrepender. E digo você, não eu. Não? Certeza? Eu respondo: Não mesmo! O que fiz foi tentando acertar, me recompus, me renovei, estou com minha aparência vívida e escarlate como nunca jamais almejei aparentar, minha altivez não é esnobe, é acolhedora para o NOVO que me aguarda, indiferente de você. Você, que teve tudo nas mãos e não soube aproveitar, que teve "N" chances na vida, o que fez? Foi só desperdiçar. Talvez nem sinta falta do TUDO que lhe foi tirado, do TUDO que um dia foi prometido a ti e você renegou, mas aquilo que você considera POUCO ou pouca coisa, será preenchido de um vazio tão grande, que lastimável será a hora que seus olhos encharcados se virarem para mim e não obtiverem nenhuma resposta acolhedora, somente a negação e a felicidade. 

Felicidade? Sim! Aquela não compartilhada com você, conquistada pela maturidade adiquirida por anos e anos de sofrimento e que me fez seu superior e dela hoje não abro mão, esse pequeno aprendiz é hoje um mestre supremo, um Lord respeitável e muito mais desejável, agraciado por ti, agradecido, mas os laços se desamarram aqui, os fios se desconectam, sem mais conexões diretas, vamos em busca de liberdade, onde as coisas boas são atraídas naturalmente, as más sofrem interferências de ventos e tempestades. O velho foi fruto de minha emoção desvanecida, hoje cá estou eu fortalecido. Evolução? É o que procuro buscar a cada dia, meu dia-a-dia, minha renovação.


Tenho que lhe agradecer?  Lógico! Sempre! [rs]

Careta

Confesso que às vezes sou um pouco careta - e faço careta. Tanto faço, que até meu chefe já implicou com minhas caras e bocas (pode crer, elas dizem tudo - basta ser esperto). 

Não sei o que seria de mim se não fosse tantos anos dedicados ao pensar. 

Abro aspas: "pensar não quer dizer faculdades e pós", já vou adiantando aos amigos que queiram me denominar como "o metido a intelectual". 

Falo mesmo das coisas que muitos consideram a toa, ou nem tão a toa, pois se trata da busca ao conhecimento, tipo a série do fantástico "o que vi da vida", e fiquem tranquilos pois não vou relatar nada similar a assédio sexual na infância..rs, refiro-me ao auto-conhecimento, conhecer o outro, conhecer a vida, não só do que vi, mas do que fiz. 

Hoje quando vejo tanta gente na casa dos 20, já trabalhando, cheio de responsabilidade e alguns até com filhos nas costas, me vem um flash back: fiz algo de errado para achar tanta imaturidades nessas criaturas que não almejam um futuro melhor? Se critico certas atitudes, é por não as tê-las vivido? É possível viver uma vida louca paralela a uma vida de responsabilidades? Ainda não sei. Só sei o que vivi. E ainda pouco sei. 

"Eu fico com a pureza da resposta das crianças. É a vida, é bonita. E é bonita..."

Será que nos dias de hoje é possível confiar no olhar doce dos pequeninos, se muitos deles remetem ao Gato de Botas do Shrek (cínico)? Será que ainda existe a tal pureza bíblica que nos é pedida para seguir? Hum?


Sei lá. Prefiro continuar a ser meio carrasco, porém, sensato. Ser alguém transparente, que não se finge de santo, e olha que estou tão longe de ser, que se pintar meus cabelos de loiro e fizer cachinhos, acho que eles se escurecem e se desmontam no outro dia...rs. 

Percebi algo: "É a vida é que impõe a minha fama de mau."

Campo de Borboletas

Pois é meu caro leitor, muito tempo se passou. Não é mesmo?
Muitas coisas foram pensadas, rabiscadas, regogitadas, mas poucas foram repassadas - transmitidas a público por via deste.
Após 8 meses sem acrescentar uma linha digital, sem compartilhar pensamentos que a muitos já foram úteis (como isso eu não sei..), é hora de voltar...liberar minha penseira e desafogar...

De tudo um pouco que vivemos, de tudo um pouco nos arrependemos e assim nos reinventamos. 

(???) Quem é que dizia que não se arrepende de nada, pois tudo na vida é um aprendizado? E que os erros nos fazem mais fortes (???)

Te digo uma coisa: "Me arrependo sim!" Mais do que falei do que das coisas que foram feitas. Somente vivendo cada dia de forma diferente e intensa que podemos começar a ter certeza de algo. Experiência não é algo vivido apenas uma vez. Uma tese não é baseada apenas e uma referência, e por aí vai.

Certa vez discorri sobre as borboletas que sempre voltam quando um jardim é bem cuidado - em alusão as perdas que temos e não sabemos o porquê. Hoje, não posso afirmar que sou experiente nesse quesito, me definiria melhor como um observador de borboletas. São tantas que passam em nossa frente, em nosso jardim e nos jardins vizinhos, que nenhuma rede social [fb] seria tão eficaz para agregar todas. Suas asas foram feitas para alçar voo, seria nado se falássemos de pinguins, mas não é o caso...rs. Sendo assim, tudo que voa quer ir além, não deve existir sensação melhor do que a liberdade suprema, sentir o ar puro entrando por suas narinas, sem se preocupar com nada nem com ninguém...

(o pior é que lá embaixo alguém se preocupa)

E o mais preocupante ainda: há muitos jardins para tão poucas borboletas. Cada uma é atraída por um encanto diferente, aromas mil, brisas, detalhes...Não há como concorrer. Pra quê concorrer? Se se tempo passou, apenas passou. Um novo virá. E quem sabe quando vier, se eternizará?