Faz mal, eu sei que faz. Faz mal pro corpo e pra alma se isolar do resto do mundo. Precisamos de um momento só nosso? Talvez sim, talvez não. Nosso tempo é cronometrado, como uma receita de pão que precisa de seu tempo para sovar todos os ingredientes até ficar uniforme, depois de tempo para a massa crescer e mais tempo para assar. Se algum tempo for excedido, desanda todo o resto do processo e o final não vai ser aquele esperado.
Corremos sempre atrás de um caminho para a tal felicidade, mas como de acordo com as palavras de um amigo, não existe um caminho para tal, ela é o caminho. Difícíl é estar on top all time, difícil é tudo na vida, se fosse fácil, não existiria desavenças, se fosse fácil introduzir na mente das pessoas o perdão não existiria tantos desencontros e desentendimentos.
Deixamos sempre por exceder nosso tempo. Nossa reflexão perdura e no final terminamos sós sem nenhum porque, e ainda buscamos o porquê das coisas que tiveram seu tempo certo de fazer dar certo. Tentativa e erro é sempre uma boa pedida, se não quebrarmos a cara de vez enquando, se não nos tornamos caras-de-pau em tentar acertar, sendo humildes, perdendo o nosso orgulho bobo, nunca chegaremos a lugar nenhum, e pior ficaremos doentes da alma, e o remédio para tal cura não se encontra em qualquer farmácia, é preciso voltar a base da cadeia produtora e fabricá-los nós mesmos. Se não há dedicação para tal, não há solução.
Soluções nem sempre seguem regras, cada situação tem seu ponto certo, sua finalização. Podemos até mesmo encontrar coisas novas, fazer novas coisas, nos descobrir dentro de um mundo de opções, tendo sempre em mente o que queremos para nós mesmos. Deixar a vida nos levar a depender de nosso estado emocional, pode terminar numa catástrofe. É legalzinha a música do pagodinho, virou hino pra muitos, deu disco de ouro para o cachaceiro lá e por aí vai, mas temos sempre que ter uma coisa em mente: se estamos bem com a gente mesmo, vamos que vamos, time que está ganhando não se mexe, mas se algo não vai bem, trabalhe, corra atrás, e não espere que nada caia do céu prontinho pra você. No máximo o que vai acontecer é levar um cocô de pombo na testa.
Não é fácil. Isto o escritor sabe, e todo o resto dos leitores também. Se tentamos ajudar alguém, nem sempre é porque temos a fórmula mágica da felicidade. Podemos até transmiti-la, contagiar o outro com ela, mas às vezes nos falta algo (pra não dizer quase sempre). Somos sugados e precisamos nos nutrir também, precisamos ouvir bastante e absorver algo de bom para não nos sentirmos auto-suficientes, que nem sempre combina com totalidade, nem sempre nos faz completos, nos engana somente isso (é o inverso!).
Que o tempo nos permita ouvir e nos traga palavras de cura e libertação. Se não é isto uma oração, peço a todos compreensão! Quem tem ouvidos, ouça!
Tks
2 comentários:
Me fez pensar...amei, amore!
Nossa, de onde a gente menos espera vem essas coisas. Não imaginava eu que pudesse lhe ajudar em algo, mesmo assim...Valeu!
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