Sempre rente - Parte II

Satisfazendo a vontade de Léo, vou dedicar esse post aos enigmas de um precipício. Como promessa é dívida, vou tentar uma abordagem diferenciada desse temeroso abismo, que para grande maioria é visto única e exclusivamente como PERIGO! SE AFASTE!
Há quem goste do perigo, e se aproxime da borda para ver o que é que dá. Quem arrisca não petista, quem não chora não mama, em suma: às vezes vale a pena a queda.
Eu sempre comentei aqui no meu blog (quem acompanha sabe), que o bom mesmo é levar um bom tombo para aprender a se erguer, se levantar, se recompor. Quem pouco sofreu e acha que aprendeu com os erros alheios, está muito enganado. Por mais velha que uma pessoa seja e se considere A Madura, A experiente, A Vivida (falo isso com toda propriedade), se não teve um desgosto daqueles, se não penou um bucado atrás de seu prejuízo, e teve condições de sair ileso, de uma coisa pode ter certeza, palavras de minha querida Ellen: "o que importa não é a quantidade de experiências e sim a qualidade delas!".

[E cadê o precipício da história?]

Acompanhe o raciocínio: Se nos afastamos do mundo sofremos em busca de algo que não sabemos, somos criticados porque não estamos nos padrões aceitos pela sociedade e nos afundamos. Mas é lá no profundo que podemos tirar coisas boas. Aí que queremos chegar né Léo? Uhuuu! Tudo na vida tem seu lado bom e ruim. Nas profundezas do mar a kms e kms da superfície é onde se encontram as especimes raras, belíssimas, brilhantes (uma luz no fim do túnel). Assim como tudo tem seu apogeu, chega um momento de seu fim, e às vezes é lá que encontramos nossa luz, que pode ser um alguém pra estender a mão, uma palavra pra nos despertar, uma pegada pra nos excitar, e por aí vai...
Ser cauteloso com certeza é muito bom. A gente sempre cuida dos nossos para que nunca tenham que sofrer, enfrentar grandes obstáculos, ver alguém aos prantos, pondo pra fora suas dores ou até em um caso extremo num leito de hospital, é uma dor tamanha. Bem melhor é estar sempre ao lado, para que não cheguem próximo à borda, ou seja, estar junto na alegria e na tristeza como num casamento, que nada mais é um pacto de fidelidade, assim deveria ser com todos nossos entes queridos, e cada vez nos encontramos mais distantes desta realidade. E por mais duro que seja nos encontrarmos na posição de escuta, vendo o outro sofrer, devemos entender que é necessário para aquela pessoa e irá fazer muito bem na hora da escalada até a o topo novamente.
Tréplica Léo? 
[rs]
Tks

Um comentário:

Anônimo disse...

Legal seu texto...
Completa razão, maturidade não é sinônimo de idade, supor não é viver...
"Bem melhor é estar sempre ao lado, para que não cheguem próximo à borda"
Outra razão, mais como eu disse no comentário do post anterior, quando um meio se expande, ele acaba empurrando a si próprio no precipício... É como uma moeda, se você deixa cair um pingo d'água em seu centro, a água se concentra no centro, porém, quanto mais água se joga, mais água se cai pelas beiradas... E aí, será que somos nós que criamos o precipício? Ou o precipício ja existe e nós só tratamos de empurrar? Seja o que for, criando ou empurrando, é no precipício que ficamos a par das mais belas experiências,como em suas próprias palavras: "Nas profundezas do mar a kms e kms da superfície é onde se encontram as especimes raras, belíssimas, brilhantes..."

"E por mais duro que seja nos encontrarmos na posição de escuta, vendo o outro sofrer, devemos entender que é necessário para aquela pessoa e irá fazer muito bem na hora da escalada até a o topo novamente."
Verdade... Afinal, depois do precipício a única coisa que nos resta é a maturidade...


Enfim, gostei do seu texto... Tem futuro! Só não entendo pq não fez Psicologia ao invés de Biologia...
Sucesso! ;D