Outra vez: Saudade

Não adiantou esconder-me com essa máscara, tú reconheces meu sorriso. Foi, É e sempre Será teu. Já tentei por vezes me esconder pra ver se me acabo de vez essa agonia que invade minh'alma, mas em cada canto que procuro abrigo, chegas tu para deleitar-se também. Penso eu que não é proposital, sou muito inocente e acredito que as coisas acontecem simplesmente ao acaso, ninguém se esforça para que se faça o momento, o desejo aflorado, por fim o desfecho. Tudo tem um desfecho, algumas vezes bons, outras nem tanto, mas sempre desfechos. Aguardamos chegar algo melhor sempre, e nessa espera somos vitrine para o mundo que passa ao nosso olhar. Queria ser eu poeta para o mundo, eternizar em palavras o amor pela vida, pela arte, mas o que me resta é o amor carnal, sanguinário e esse é traiçoeiro, porém passageiro, deixa você com a boca sedenta, lábios rubros de ardência e pêlos arrepiados, depois vai embora ficando só a saudade.
Ê saudade, é sempre bom te ter por perto, nem que seja pra extrair de mim algumas gotas de suor, mexer com meus sentidos mais ocultos. Se exagerando na dose encontrei você, vou ter uma overdose na próxima esquina em que te encontrar, para que meus pensamentos sejam mais intensos e enfim, chegue no ponto auge de minha existência.

Tks!

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