Careta

Confesso que às vezes sou um pouco careta - e faço careta. Tanto faço, que até meu chefe já implicou com minhas caras e bocas (pode crer, elas dizem tudo - basta ser esperto). 

Não sei o que seria de mim se não fosse tantos anos dedicados ao pensar. 

Abro aspas: "pensar não quer dizer faculdades e pós", já vou adiantando aos amigos que queiram me denominar como "o metido a intelectual". 

Falo mesmo das coisas que muitos consideram a toa, ou nem tão a toa, pois se trata da busca ao conhecimento, tipo a série do fantástico "o que vi da vida", e fiquem tranquilos pois não vou relatar nada similar a assédio sexual na infância..rs, refiro-me ao auto-conhecimento, conhecer o outro, conhecer a vida, não só do que vi, mas do que fiz. 

Hoje quando vejo tanta gente na casa dos 20, já trabalhando, cheio de responsabilidade e alguns até com filhos nas costas, me vem um flash back: fiz algo de errado para achar tanta imaturidades nessas criaturas que não almejam um futuro melhor? Se critico certas atitudes, é por não as tê-las vivido? É possível viver uma vida louca paralela a uma vida de responsabilidades? Ainda não sei. Só sei o que vivi. E ainda pouco sei. 

"Eu fico com a pureza da resposta das crianças. É a vida, é bonita. E é bonita..."

Será que nos dias de hoje é possível confiar no olhar doce dos pequeninos, se muitos deles remetem ao Gato de Botas do Shrek (cínico)? Será que ainda existe a tal pureza bíblica que nos é pedida para seguir? Hum?


Sei lá. Prefiro continuar a ser meio carrasco, porém, sensato. Ser alguém transparente, que não se finge de santo, e olha que estou tão longe de ser, que se pintar meus cabelos de loiro e fizer cachinhos, acho que eles se escurecem e se desmontam no outro dia...rs. 

Percebi algo: "É a vida é que impõe a minha fama de mau."

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