Carta a Madá

Cada um com sua mancha, somos todos marcados.
O que nos diferencia é nossa exposição.
A mácula que me cobre, não é a mesma que a tua.
As dores que eu suporto não chegam a ti,
Mas eu posso até sentir as suas.

Somos mediados por padrões pré-estabelecidos,
Absurdos diariamente nos são exigidos,
É nosso passaporte para felicidade.

Feliz. Como posso ser feliz, se tu sofres?
Como posso viver se tu não vives,
Ou não te deixam viver?
Queria eu lutar em seu nome,
Mas não me deixam,
Sou "puro".

Hipócritas!
Por quê te condenam Madá?
Sua única moeda vale muito mais que meu pote de ouro,
E teu martírio muito mais que minha coroa de louro.

Jamais desista, siga em frente.
Sua libertação vai ser sua maior conquista,
E suas lágrimas derramadas, elixir para uma nova vida.
Aí sim, quero ver quem te intimida!

Tks.

Um comentário:

Camila/ Pan disse...

Ari, vc tá demais.
Show.
Bjão.