Adamantium


Tem horas que a gente não quer ser forte - mas acaba sendo.
Buscamos força não se sabe de onde - e mantemos toda a estrutura intacta.
Esse corpo parece que não é feito de carne e osso - parece Adamantium.
E por mais que dores insistam em aparecer, 
Elas nunca permanecem - elas somem, e com elas as cicatrizes também. 
É uma pena! Cicatrizes só nos trazem danos estéticos. É o sinal mais expressivo da força e por isso deveriam ficar sempre expostas. Para que nossas lembranças de dor estejam sempre afloradas, nos impulsionando a seguir em frente e burlar os atalhos arriscados que um dia seguimos em nossas vidas, e que nos levaram a um mar de sangue.

Coragem! Com tanto metal fluindo pelo corpo, há 
como não ter?
Covardes! Logo se tornarão pó!

Mística


Eu posso estar errado. Posso. E mesmo sabendo que as possibilidades não são fruto de uma realidade concreta, não deixam de ser condicionantes.
Assim sendo, então tudo é mentira até que a verdade seja dita? Talvez não. Mentiras só existem para quem quer acreditar nelas (que afirmação sem fundamento né? Talvez seja), e por mais que muitos nos subestimem, fazendo-nos acreditar no possível e no impossível, vivemos somente baseados em verdades, mesmo que estas estejam erradas.
Nossa vida não é e nem nunca foi uma mentira, vivemos de verdades, o que passou não foi um sonho. Por mais que a gente não queira acreditar em nosso pretérito imperfeito, ele existiu, aconteceu, foi. E apesar do texto exprimir alguma confusão para meus amigos leitores, em suma, uma coisa é certa: somos feito máquinas. E enquanto estivermos ligados por nossa força vital (ainda não desvendada a origem em nenhum rincon do universo) tudo se caracteriza verdade. Pois difícil é reprogramar a nosso bel-prazer esse o coração pulsante (se é que o temos, ou é meramente ilusão), nossa central falsa, a Mística tomando forma de cérebro, infectando tudo, tornando-se virulento.
Vírus – Verdade que mata. Parece mentira.